quarta-feira, 24 de julho de 2013

26 SEMANAS - Fluoxetina na gravidez

Parece que tenho comemorado minhas semanaversários com um postizinho, né?

26 semaninhas completas e meu pequeno cutucador está a mil! O quartinho também já está bem avançado. O papai tem se empenhado muito e a mamãe fica toda orgulhosa.

Segunda-feira fui na nova GO. Ela cobrou a disponibilidade médica de R$2.500. Superdefendeu essa cobrança. Falou que o que a mídia dizia não era a verdade. Que essa cobrança não era relativa ao parto, mas sim o inconveniente de ter que sair de sua residência para fazer um parto. Porque poderia acontecer no fim de semana, ou natal ou ano novo. Tá, então se o Miguel nascer dia de semana eu não preciso cobrar, ok? Claro que preciso, pois a excelentíssima médica teria o inconveniente (é essa a palavra que ela usou) de sair do seu consultório para me atender. Tá, então se for cesária eletiva (a que é marcada com antecedência) eu não preciso pagar, ok? Não, porque a santíssima médica teria que sair mais cedo de casa ou depois do consultório para fazer meu parto. Conclusão: DISPONIBILIDADE MÉDICA = PAGAMENTO DE INCONVENIENTES RELATIVOS À PARTO. Então, se é tão inconveniente assim, por que cargas d'agua fez obstetrícia????? Pausa para um suspiro de indignação.

Continuamos a consulta. A criatura resolveu fazer uma consulta como se eu estivesse iniciando o pré-natal. Falou de coisas sobre o 1º trimestre (como se eu não soubesse) e se embananou toda para falar em que trimestre eu estava. Como faeli no post anterior estou entrando no terceiro, mas ela falou que eu estava entrando no segundo. Quase ri na cara dela. Falou que eu com 25 semanas estava com 5 meses, pois 2 semanas são do processo de ovulação e 2 semanas são do percurso do embrião ao útero (como se nesse processo o embrião não se desenvolvesse, ficasse com uma célula só). Fui para o exame de toque. A bata não era esterilizada. Estava pendurada em um cabide como se estivesse à disposição de todas as paciente. Ecaaa. Vesti com nojo. Deitei na maca, ela fez o toque, ouvimos o coração do Miguel (sempre aquele sonzinho de corrida de cavalo que emociona). Levantei. Me vesti e voltamos para a consulta. Passou exames e entrei no assunto do antidepressivo. Foi aí que abusei total dela.

Como falei anteriormente, tenho um problema sério com depressão e ansiedade. Isso me acompanha desde criança. Já tentei vários tratamentos, mas somente a medicação se fez eficiente. Enfim... com a gravidez, troquei a paroxetina pela fluoxetina, mas antes mesmo de engravidar li muito sobre o uso de antidepressivos na gravidez e há um consenso entre os médicos: a depressão é um fator de risco para o bebe. Pode causar aborto, parto prematuro, atraso no desenvolvimento, fora que o cortisol (hormônio do estresse) é bem prejudicial a células neurais. Tem se verificado também que o uso da fluoxetina tem sido bem tranquila durante a gestação. quando soube da gravidez, meu médico não se fez de rogado e não pensou 2x em me passar a fluoxetina. No início passou 20mg e depois, com as crises de pânico, aumentou para 40mg e logo que pude voltei para as 20mg. Ele sempre me deixou segura quanto ao uso dessa medicação.  

Essa médica louca era totalmente contra o uso e me recriminou por tomar na gravidez. Disse que se meu bebe tivesse que nascer antes por perda de líquido eu não deveria reclamar. Então, vaias para essa criatura! Perguntei se eu poderia perder líquido e ela desconversou... perguntei quais os feitos e ela falou que era um remédio e que nenhum remédio deveria ser tomado na gestação. Perguntei de novo quais os efeitos que a fluoxetina poderia me dar e ela desconversou. Conclusão a que cheguei: ela simplesmente não sabia que efeitos eu poderia ter.

Ponto positivo dessa história: finalmente me decidi. Vou continuar com meu GO atual que é super entendido de remédios, rsrsrsrsrrs e vou fazer meu parto no ps obstétrico mesmo, pois pagar 3600 pela disponibilidade tah fora de cogitação.

Vai aqui uma pequena citação de um dos vários artigos científicos que asseguram o uso da fluoxetina:
A fluoxetina foi o primeiro antidepressivo chamado “de nova geração”, denominada ISRS (inibidor seletivo da recaptação da serotonina) e o uso na gravidez foi exaustivamente estudado desde seu descobrimento (Wilton, 1998). Os estudos iniciais sobre a segurança do uso desse tipo de antidepressivo (ISRS) durante a gravidez foram, felizmente, bastante tranqüilizadores (Kulin, 1998; Ericson, 1999; Hendrick, 2003; Simon, 2002; Malm, 2005).

1 comentários:

Suzana disse...

É muito ruim se deparar com médicos assim, por enquanto a minha go disse que não cobra. Espero que não mude isto. Beijos

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